Entrei num recinto
silencioso...
As paredes não me
diziam muita coisa,
e muito pouco o meu
tato revelava.
No final da linha
trêmula de passos,
vi nascer a sala
reservada,
cuja beleza eu não
previa e
que em mais nada no
mundo se repete.
Permaneci estupefata
naquele vão
— era a sala quieta do
teu peito,
os afastados cantos do
sentir profundo.
Estupefata, porque eu
vi ali postado
um amor infinito,
dentro do limitado,
sapateando nas dimensões
do mundo...
Poema: Elaine Regina
Imagem: Lucas Cavalhiro
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