Fui noiva muitas vezes, mas não casei.
Numa dessas vezes em que eu chorava fiapos velhos de noiva
abandonada,
bem em frente à igreja dos sonhos,
eu te vi...
enfurnado no teu terno de homem sério,
um morador assumido (e equilibrado)
do caimento elegante da cordialidade.
Tu te aproximaste, sentaste ao meu lado
e...
aos poucos, tu me cedeste um ramo de pousadas mansas...
e nem percebíamos que os lagos já brotavam,
numa reunião de sentimentos que esperavam
pa-ci-en-te-men-te
o rebentar das últimas fronteiras.
Fronteiras quebradas... caminhamos...
Uma imagem de casal seguia até o fim da rua.
Não sabíamos,
mas já levávamos em nós as alianças...
Poema: Elaine Regina
Imagem: autor desconhecido
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